sábado, 2 de julho de 2011

Um possível conclusão...

O que pude observar inserida no ambiente da escola, da sala de aula, foi um espaço rico de aprendizado e conhecimento, as professoras muito dedicadas e as crianças criativas, participativas. Estes, recebendo sempre o apoio de direção e funcionários. Muitos fatos me marcaram profundamente, muitos aprendizados foram acrescidos a mim, já que este foi o primeiro contato com a prática propriamente dita, nela muitas das teorias que estudei até então na universidade puderam ser mais bem compreendidas e tiveram um maior significado.
O campo de estágio semanal era acompanhado por nossas aulas, onde discutíamos temas de observação escolhidos em conjunto no começo do período letivo: Bullying, relações interpessoais, resolução de conflitos, avaliação, planejamento das aulas, rotina escolar, trabalhados com base em textos de Jean Piaget, Hanna Arendt, Jorge Larrosa, Freinet e as discussões em sala foram enriquecedoras à nossa formação e em nosso olhar no campo de estágio. Discutimos também sobre a autoridade do professor e vi que autoridade é diferente de autoritarismo e que os limites colocados pelo professor, a autoridade em sala de aula, com respeito e amor pelas crianças acima de tudo, se fazem necessários.
Outro ponto abordado em nossas discussões que me marcou foi a importância de se ter um ambiente físico, sócio-afetivo e também práticas de ensino que promovam o aprendizado e também a autonomia dos alunos, o clima sócio-afetivo da escola reflete no professor e o do professor reflete nos alunos. Por isso levarei comigo e tentarei pensar antes de entrar em minha futura sala de aula: Como eu, hoje estou chegando para dar aula à essas crianças? Qual vai ser minha postura ao entrar nesta sala para dar aula hoje?
Falamos muito em aula também, sobre a questão da autonomia, de exercitar na criança o governo de si, da importância em decidir as regras junto com os alunos e mostrar a eles quando quebrarem. E que em algumas vezes o próprio professor pode não ser autônomo, mas heterônomo, ou seja, precisa de alguém que dite as regras, com esta postura pode entrar em conflito com as crianças e terá em conseqüência dificuldade em exercitar a autonomia de seus alunos. E esta questão da autonomia foi algo que pude observar também no campo de estágio, pois tanto a equipe de gestão como os professores são preocupados em formar um ambiente propício em sala de aula para o aprendizado e para exercitar a autonomia de seus alunos.
Graças ao campo de estágio pude refletir também sobre questões pontuais sobre o ensino e aprendizado, a relação que se forma entre professor e aluno e práticas metodológicas adotadas. E pude refletir sobre questões mais gerais sobre a educação, como ela se dá enquanto a escola inserida num Sistema Nacional de Educação, com o respaldo que deve ter de Município e Estado.
Concluindo, o campo de estágio só teve a acrescentar em minha formação já que me fez refletir sobre minha formação, minha futura profissão e ter esse contato com a escola, com o ambiente que se dá o aprendizado, com a rotina escolar, planejada pelos professores, mas que se dá necessariamente com a relação com os alunos o que a cada dia então se torna também inesperada e nova.