terça-feira, 24 de maio de 2011

Diferenças e inclusão escolar:

Diferenças e inclusão escolar:

Em meu estágio observei que havia uma criança portadora de síndrome de down na sala, porém esse menino ficava sentado no fundo da sala, sem muita interação durante as aulas e, na maioria das vezes, ficava pintando e recortando revistas. A professora da sala dizia que sentia grandes dificuldades em trabalhar com ele em uma sala de 26 alunos e que precisava de ajuda, pois ele cansava das atividades rápido e queria correr pela sala, pegar as atividades dos colegas, bater e brincar com quem estava por perto. A professora da sala possui ajuda de uma professora especializada em educação especial 1 hora por dia, mas nem todos os dias ela comparece. Todas essas dificuldades que eu notei tanto no aluno quanto na professora na realização de um trabalho inclusivo me fizeram escolher esse tema para discorrer sobre a ligação da teoria e da prática. Antes de discorrer sobre os diversos aspectos da inclusão, quero ressaltar que no capítulo III, artigo 208 na constituição há a garantia de um atendimento especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino.

Baseada em alguns livros irei fazer uma correlação entre os fatos observados.

Com freqüência, esse aluno xinga e bate nos colegas para disputar a atenção da professora a todo momento. Assim, o aluno não é maldoso e nem está com raiva, e sim com ciúmes e insegurança, afinal a criança ainda é egocêntrica. A reação da professora é conversar com ele explicando que todos precisam de atenção e que não se deve bater, nesse caso há a aplicação de sanções como, por exemplo, colocar de pensamento por alguns minutos. Notei ao longo do estágio que diminuiu a agressão física dele com os colegas.

Nas sextas, no início da aula, a professora realiza uma “assembléia” com os alunos (mais conhecida como “roda de conversa”) e observei como ele gosta desse momento, gosta de conversar, ouvir os demais e tem uma grande curiosidade, por isso pergunta bastante. Esse momento é muito importante para todos, principalmente à ele, afinal a criança com Síndrome de Down apresenta hipotonia muscular e atraso no desenvolvimento intelectual, por isso ela deve ser auxiliada no desenvolvimento da fala e da linguagem.

Esse aluno tem acompanhamento com a APAE que, muitas vezes, passa para a professora que tipos de atividades estão sendo realizadas lá em outro período, assim os objetivos educacionais acabam ficando bem parecidos, facilitando a circulação do ensino regular com o ensino especial e aumentando ainda mais o estímulo dado ao aprendizado do aluno. Agora, por exemplo, ele está aprendendo, tanto no ensino regular como no especial, cores e formas geométricas.

Finalizando, apesar de a situação apresentada ser complexa, nós, como futuros professores, temos que reconstruir a escola, oportunizar aos alunos liberdade para aprender sem a pressão da reprovação, ensinar estimulando a cooperação, criatividade, solidariedade e autonomia. É necessário reconhecer e valorizar as diferenças para ocorrer um bom trabalho de inclusão. Afinal, a inclusão é um sonho possível.

http://www.youtube.com/watch?v=Jcbh3EC4jIM&feature=related

Referência Bibliográfica:

Mantoan, M. T. E. Inclusão Escolar: O que é? Por quê? Como fazer? 1° edição. São Paulo: Moderna, 2003.

Mantoan, M. T. E., Ferreira, A.I. F., Rodrigues, J. L. Essas crianças tão especiais... Ministério do Bem Estar Social. Brasília, 1993. 64/67p.

Fonseca, V. Educação Especial. 3° edição.Porto Alegre: Artes médicas, 1991. 77p.

Um comentário:

  1. Muito legal seu texto, dá um novo olhar a inclusã. No meu estágio, uma professora me disse que tem alguns alunos de inclusão, porém ela reclamou muito dá falta de apoio, esse alunos são colocados na sala porém ninguém orienta, ela até disse uma frase que me marcou muito: Além de eles serem incluídos acabam sendo excluídos...
    Gostei do seu texto pois ele mostrou a importância em ter um trabalho que exista cooperação e muito respeito...

    Beijos

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